A ARARUTA,
um rizoma (espécie de caule diferenciado e quase sempre subterrâneo) de
aparência desengonçada e com rico potencial culinário. A araruta é um típico
exemplo de produto negligenciado frente à massiva popularização de outros –
nesse caso o trigo, cuja farinha, ao longo dos anos, tornou-se quase universal
nos lares, restaurantes e na indústria. A araruta é um alimento brasileiro que
se encontra em vias de extinção e que vem conquistando mercado garantido entre
chefs e amantes da culinária.
Também
por isso, a fécula de araruta, por exemplo, é mais cara do que a de mandioca.
Isso leva alguns produtores desonestos a vender fécula de mandioca como se
fosse de araruta – a primeira, ao contrário da segunda, é rica em amido e rende
mais.
Uma ótima
particularidade dos derivados da araruta é que NÃO CONTÉM GLÚTEN. Assim,
pessoas que sofrem da doença celíaca (intolerância ao glúten) podem se fartar
com bolos, biscoitos, mingaus e outros pratos feitos com farinha de araruta.
Adaptado
do texto publicado na coluna Comer&Beber do Diário do Nordeste, em
23/4/2010